Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: https://www.archivosanojahernandez.com/

 

 

JESÚS SONOJA HERNÁNDEZ

 

Jesús Sanoja Hernández (Tumeremo, Estado Bolívar, 27 de junio de 1930-Caracas, Venezuela, 9 de junio de 2007).

 

 

TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM PORTUGUÊS

 

El CABALLO EN LA POESÍA VENEZOLANA.  Selección de la antología por Luis Alberto Crespo, Eugenio Montejo, Alberto Patiño.  Fotografí Sebastián Garrido. Caracas: Acopromo, 1981.  97 p. ilus. foto p&b  capa dura  sobrecapa. 24 x 29 cm.   Ej. bibl. Antonio Miranda

 

               

 

        CABALLOS DE AYER

Tales caballos levantan largo regocijo, aquí y allá
penetrantes en el sueño que de golpe salta de sus ojos.
Vienen de lejos, más allá de la laguna, con fuerza oscura
que castiga los escombros del día y suena música de viajes.

No traen la gloria luciente de los mitos, huelen a carne,
corren en debandada hacia un limite invisible, se encabritam,
se calman y hábilmente se sitúan entre el paraíso
y la lomas de ayer, coronadas por el deseo, ya exhaustos.

Al fondo, naves del tiempo con tempestade de oros
tocan algo imprevisto y la crines se alzan en el espanto
y los bufidos desparraman soles en la espuma
y el instinto se escapa entre zumbidos y perfumes.

Atrasan aquel horizonte azul antes que la lluvia
asuna virtude de vino y bañe hasta el final
las transparencias de los cuerpos, bautista de mi selva,
privilegio de mis aguas. Lanzan luego mirada
hacia lo oculto, de abajo a arriba, y se disparan.

Sus yserbas, su venerado mastranto, lo ijares de sudor
pasan volando con la tarde, y en sus cascos
la hora funeral estremece ciertos muros
que dividen campo y Pueblo com un zas de muerte.

Primero los de azabache y sombra, después los untados rucios,
y los blancos de narcisos trotes y los de manchadas frentes
ocupan con rapidez las esquina, como ejército, tejido,
ola de patas lustrosas, inundante vaho de orgullos.

Tales caballos esclavizan mi memoria, la atan
al lugar donde habita, intermitente, la palabra:

        su lejana vibración cambia de color en un aire denso
y se oye un galope de prodigios a distancia, por allá,
entre ríos y sabanas, encadenando mistérios
en medio de la polvareda, último respiro del espíritu.

Tales caballos. Aquella movilidad fragrante, su apoyo,
y los lomos como en guerra y el viento devorado por la Nada.

 

 

TEXTO EM PORTUGUÊS
Tradução de ANTONIO MIRANDA

 

 

        CAVALOS DE ONTEM

Tais cavalos levantam um longo regozijo, aqui e lá,
penetrantes no sonho que de repente salta de seus olhos.
Veem de longe, além da lagoa, com força escura
que castiga os escombros do dia e sonha música de viagens.

Não trazem a glória luminosa dos mitos, cheira a carne,
correm em debandada até um limite invisível, se empinam,
acalmam e habilmente se empinam, situam entre o paraíso
e as lomas de ontem, coroadas pelo desejo, já exaustos.

Ao fundo, naves do tempo com tempestades de ouro
tocam algo imprevisto e as crinas se alçam no espanto
e os bufados desparramam sois na espuma
e o instinto escapa em zumbidos e perfumes.

Atrasam aquele horizonte azul antes da chuva
assume virtude de vinho e banha até o fim
as transparências dos corpos, batizador de minha selva,
privilégio de minhas águas. Lançam logo um olhar
para o oculto, de baixo para cima, e dissipam.

Suas ervas, seu venerado mastranzo, os flancos de suor
passam voando pela tarde, e em seus cascos
a hora funeral estremece certos muros
que dividem campo e povoado com um zás de morte.

Primeiro os de azeviche e sombras, depois os untados asnos,
e os brancos de narcisos trotes e os de manchadas frentes
ocupam com rapidez as esquinas, como exército tecido,
onde patas lustrosas, inundante vapor de orgulho.

Tais cavalos escravizam a minha memória, ligam-na
ao lugar onde habita, intermitente, a palavra:

sua distante vibração muda de cor em um ar denso
e se ouve um galope de prodígios à distância, por lá,
entre rios e savanas, encadeando mistérios
no meio da poeirada, último respiro do espírito.

Tais cavalos. Aquela mobilidade fragrante, sem apoio,
e os lombos como em guerra e o vento devorado pelo Nada.

 

 

*

 

 VEJA e LEIA outros poetas da VENEZUELA em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/venezuela/venezuela.html


Página publicada em fevereiro de 2021


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar